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sexta-feira, 5 de setembro de 2014




Livre e Insubmisso
António Gallobar

Levantarei meus olhos, erguendo a cabeça
Nada de hesitações, não voltarei a trás
Darei o peito às balas, se preciso for
Avançarei firme mas jamais me curvarei


Não é um qualquer vento que me derruba
cedo demais alguém cantou vitória. 
Julgando ser capaz de me vencer sem luta
como se fosse folha descartável sem memória 

Chego a ter pena de mim, porque acreditei
sangra-me o peito de tamanha dor e mágoa
deslumbrado pensei que eras Pátria e meu amor


Mas não fugiste e deixaste-me atolado em lama.
Hoje sinto asco e te desprezarei por isso
Já não tenho dono, sou livre e insubmisso.





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